15 de maio de 2012

Como calcular a utilidade/acurácia dos diagnósticos nutricionais

Tem sido comum a comparação dos diagnósticos produzidos por diferentes métodos, como por exemplo, o DRIS X Nivel Crítico ou o método CND x DRIS. Normalmente, estas comparações são feitas exclusivamente avaliando-se a frequencia de determinado estado nutricional ou calculando-se o grau de concordância entre diagnósticos.

O problema é que, sendo os diagnósticos concordantes ou discordantes, há pouca importância do ponto de vista prático, uma vez que não se conhece com esta informação os benefícios com o aumento da produtividade ou economia de insumos.

Contudo, na literatura sobre DRIS, há um trabalho que adota uma abordagem diferente para a comparação de diagnósticos nutricionais.  Este trabalho, de autoria de Luiz Antônio Teixeira, Wagner Santos e Ondino Cleonte (Teixeira et al. , 2002), compara o diagnóstico nutricional com o verdadeiro estado nutricional das plantas, no caso, bananeiras.

Os autores utilizaram três procedimentos para avaliar a utilidade (ou acurácia) dos diagnósticos: a medida da eficiência, a razão entre diagnóstos verdeiros / falsos nas plantas consideradas deficientes e o ganho de produtividade com o uso dos métodos diagnósticos.

Os procedimentos adotados foram adaptados de um trabalho de Beverly & Hallmark (1992), que embora ainda tenha tido pouco impacto na literatura científica, representa uma excelente alternativa para avaliar-se a utilidade dos métodos diagnósticos.




Literatura citada:

BEVERLY, R.B.; HALLMARK, W.B. Prescient diagnostic analysis: a proposed new approach to evaluating plant nutrient diagnostic methods. Communications in Soil Science and Plant Analysis, New York, v. 23, p.2633-40, 1992.

TEIXEIRA, L. A. J.; SANTOS, W. R. dos S.; BATAGLIA, O. C. Diagnose nutricional para nitrogênio e potássio em bananeira por meio do Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS) e de níveis críticos. Rev. Bras. Frutic., v. 24, n. 2, p. 530-535, 2002.


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