15 de março de 2013

Padrões nutricionais para lavouras arrozeiras irrigadas por inundação

Trabalho realizado com produtores do Rio Grande do Sul resulta na indicação de ajustes para alguns nutrientes na interpretação dos valores das análises foliares de lavouras arrozeiras.

O trabalho foi realizado utilizando-se dados de análise foliar e produtividade de arroz irrigado obtidos por Raquel Guindani com a supervisão do professor Ibanor Anghinoni. Os dados foram provenientes das seis regiões arrozeiras do RS: Campanha, Depressão Central, Fronteira Oeste,Planície Costeira Externa, Planície Costeira Interna e da Região Sul.

Esse trabalho também contou com a participação de alunos da disciplina "Tópicos Especiais em Avaliação do Estado Nutricional de Plantas: DRIS", ofertada bianualmente na Universidade Estadual Paulista, campus de Jaboticabal, sob a coordenação do professor Renato Prado.

As faixas de suficiência obtidas pelo método da Chance Matemática foram comparadas com valores críticos propostos pela literatura e com o intervalo de confiança do teor médio dos nutrientes em lavouras consideradas nutricionalmente equilibradas identificadas pelo método Diagnose da Composição Nutricional.

A faixa de teores foliares adequados, consistentes com maior produtividade média das lavouras arrozeiras, foi indicada ser de 23 a 28 g/kg para N, de 11 a 14 g/kg para K, de 1,4 a 2,0 g/kg para S, 6 a 12 mg/kg para B e de 70 a 200 mg/kg para Fe.

Para outros nutrientes (P, Ca, Mg, B, Cu, Mn e Zn e Mo) nenhuma das faixas adequadas testadas indicou capacidade para distinguir as lavouras arrozeiras quanto a produtividade média.

Para boro, é importante anotar que . embora nenhuma das faixas testadas tenham indicado a capacidade para distinguir as lavouras arrozeiras quanto a produtividade média, mesmo assim os autores optaram por sugerir uma faixa de suficiência de 6 a 12 mg mg/kg.

O método da Chance Matemática indicou faixas de suficiência mais amplas que aquelas indicadas pelo método CND, e em geral, com valores inferiores ao indicados na literatura.

Para mais informações, ver o artigo original "Padrões Nutricionais para Lavouras Arrozeiras Irrigadas por Inundação pelos métodos da CND e Chance Matemática" disponível no site da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo.

22 de fevereiro de 2013

Normas DRIS/CND para laranjeiras no Amazonas

A utilização do DRIS exige um pouco de conhecimento de matemática básica, além de certo domínio com planilhas eletrônicas ou softwares especialistas. Isto, ainda é um dos fatores que dificultam a larga adoção deste método diagnóstico.

Entretanto, outra dificuldade de se obter normas DRIS para o diagnóstico nutricional.

Para sanar essa deficiência em laranjeiras no Estado do Amazonas, Dias et al. (2013) publicaram na revista Ciências Agrônomicas o primeiro conjunto de normas DRIS multivariadas para essa cultura (também conhecidas como normas CND).

O trabalho intitulado "Normas DRIS multivariadas para avaliação do estado nutricional de laranjeira ‘Pera’ no estado do Amazonas " (faça o download do trabalho clicando aqui) possibilitará que a partir de agora, essas informações possam ser utilizadas para melhorar o manejo da adubação dos pomares de laranja pera no Amazonas.

Para uma maior compreensão de como usar as normas CND em laranjeiras, pode-se usar os mesmos procedimentos recomendados para pimenta longa (ver), apenas adaptando-se para o novo conjunto de normas.

24 de janeiro de 2013

Deficiências de micronutrientes em mangueiras no semiarido

Há uma grande amplitude de fórmulas DRIS, cada qual com o objetivo de proporcionar uma melhor qualidade no diagnóstico. Entretanto, quão dependente é o diagnóstico nutricional da fórmula DRIS adotada?

Uma das grandes diferenças no uso das fórmulas DRIS está em se adotar relações bivariadas (método DRIS propriamente dito) ou relações multivariadas (método mais conhecido como CND).

Em trabalho recente com mangueiras do semiárido nordestino, utilizando dados publicados na tese de mestrado do professor Paulo Pinto, na Universidade Estadual da Bahia, chegou-se a conclusão de que a adoção dos métodos CND e DRIS, com e sem transformação logarítmica e se usando normas específicas ou preliminares, apresentaram desempenho semelhante na avaliação do estado nutricional da mangueira.

Além disto, nestes pomares do semiárido nordestino, as deficiências de micronutrientes (Zn, Fe e Cu) foram mais frequentes que a deficiência de macronutrientes.

A importância dos micronutrientes pode ser explicada porque em sistemas mais desenvolvidos tecnologicamente, com elevado uso de insumos, as deficiências com macronutrientes são as primeiras a serem sanadas.  Esta questão sobre a importância de macro e micronutrientes ser dependente do estado tecnológico da cultura já fora a abordado no livro Mango (ver)

Para informações completas: Estado nutricional de mangueiras determinado pelos métodos DRIS e CND, publicado na revista Agriambi, por Politi et al., 2013.